Casa Museo Can Marquès - a união do antigo e do contemporâneo
"En la casa de Marquès” foi o nome da exposição temporária realizada na Casa Museo Can Marquès. Ocorreu nos dias 12 a 31 de julho de 2021. Esta amostra de arte foi realizada no saguão principal e no primeiro andar desta casa senhorial palmesana pela galerista alemã Esther Schipper, de Berlim.
Foi super interessante poder desfrutar das obras e da bonita Can Marquès. Por certo, Can no português significa casa.
Muitos artistas, conhecidos a nivel mundial, participaram desta exposição e os seus trabalhos estiveram expostos no local como um elemento integrante do ambiente: fotografias, esculturas, pinturas etc.
A casa encontra-se em perfeitas condições em um prédio que foi construído no século XIV. Em 1901, um empresário maiorquino Marti Marquès Marquès, que trabalhou em Porto Rico, instalou-se aqui e decidiu reformá-la contratando o arquiteto Francesc Roca Simó (1874-1940). Este profissional era seguidor de Gaudi e das influências modernistas. Leia aqui sobre uma importante obra de Simò em Palma: Can Cassassayas.
O portal de acesso é bastante sóbrio mas o saguão barroco nos dá uma ideia da beleza desta casa museu. “Sapphire Hybrid”, 2021, de Angela Bulloch (1966), encontrava-se neste espaço.
A escadaria é de pedra e ferro forjado e está rodeada por janelas, apliques e uma fantástica claraboia. Em um dos degraus estava a escultura “Girl Dog” (Hybrid), 2005, em mármore, de Julia Scher (1954). Escute aqui as suas boas vindas.
O salão de acesso à casa, como o portal, é bastante formal e está decorado com muitos quadros. Entre estas obras destaco as duas telas do artista Etienne Chambaud (1980) - Nameless.
No salão das flores estavam Color Clock (red): Verticals Lean Occasionaly Consistently Away from Viewpoints, 2012, Rosa Barba(1972) e Up side down Breuer chair after a couple of inches of snowfall, 2017, Ryan Gander (1976).
Armour, 2021, Simon Fujiwara (1982).
Este trabalho foi realizado com aneis muito pequenos e estava dependurado em uma das portas do salão cinza/Sala Gris.
As vistas para o patio interior, através das janelas enormes, são muito agradáveis.
Outro espaço muito importante nesta casa: uma capela com formato elíptico.
No corredor encontrei uma obra de arte surpresa de Gabriel Kuri (1970) - untitled (diagram of void waves), 2018, a perfeita junção da anatomia do ouvido, placas de cerâmica, estanho e cimento.
A cozinha é imensa e super luminosa. De acordo com a historia, o Arquiteto Simò cobriu as paredes desta cozinha que, permanece no mesmo lugar desde a idade media, com azulejos brancos para adaptar às ultimas tendências de higiene doméstica da época. É a típica e tradicional cozinha maiorquina.
No boudoir (área pequena situada entre a sala de jantar e o quarto) estava Golden Dream, 2010-2015, de Ann Veronica Janssens (1956) - consiste em um tanque de vidro, no qual foi introduzido óleo de parafina, situado sobre um pedestal cinza.
A tradicional cama maiorquina.
Com certeza foi uma experiência artística que mereceu a pena! Tive a oportunidade de visitar uma das mansões mais bonitas de Palma, de ver as suas 17 dependências e conhecer um pouco mais dos costumes da Ilha e poder transmití-los neste espaço.
Alguma curiosidade sobre as Ilhas Baleares? Estarei encantada em poder ajudar! Escreva para info@eliana-guia.com
Até o próximo Eliana’s Blog e muito obrigada pelo prestigio!
Abraços de Mallorca,
Eliana Pacifico
Guia Oficial de Turismo das Ilhas Baleares
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